A notícia da morte de Luan Vinicius Alves Gonzaga, de 32 anos, após complicações ao extrair o siso, trouxe à tona uma série de medos e questionamentos sobre a segurança de um dos procedimentos odontológicos mais comuns. A tragédia, amplamente divulgada em setembro de 2025, nos lembra que, embora a odontologia tenha avançado significativamente, nenhum procedimento cirúrgico é totalmente isento de riscos. No entanto, é fundamental contextualizar esses eventos: casos como o de Luan são raríssimos. Em suma, a cirurgia de extração do siso é segura, e as mortes em decorrência dela são uma exceção, não a regra. Por isso, é crucial entender todos os fatores que envolvem a extração dos dentes do siso e os riscos de retirá-los ou de mantê-los.
O que é o siso e por que tantos problemas?
O dente do siso, também conhecido como terceiro molar, é o último a se formar e a erupcionar. Geralmente, ele costuma nascer entre os 17 e 25 anos, uma fase da vida em que, teoricamente, já deveríamos ter acumulado mais “juízo”, e é daí que vem o nome “dente do juízo”.
De acordo com o Dr. José Antônio Rios, nome à frente do CROOL by Rios, Mestre em Cirurgia Bucomaxilofacial e especialista em Periodontia, nem todas as pessoas nascem com o siso. “O dente do siso é o que chamamos de dente serotino. Ele é o último a se desenvolver. Há um processo evolutivo na espécie humana que está fazendo com que a presença do siso seja cada vez menor. Algumas pessoas, por uma questão genética, simplesmente não desenvolvem os germes dentários correspondentes aos terceiros molares e, portanto, não os terão”, explica.
A principal razão para a extração do siso é a falta de espaço na arcada dentária. A nossa mandíbula diminuiu ao longo da evolução, e a maioria das bocas não tem mais o espaço necessário para acomodar esses dentes adicionais. Quando o siso tenta nascer sem ter espaço, ele pode causar uma série de problemas, como:
- Dentes desalinhados: O siso impactado pode empurrar os dentes adjacentes, alterando a oclusão e comprometendo o resultado de tratamentos ortodônticos.
- Dificuldade de higienização: A posição do siso, no final da arcada, muitas vezes dificulta a escovação e o uso do fio dental, aumentando o risco de cáries e doenças periodontais.
- Infecções dolorosas: A pericoronarite é uma das infecções mais comuns e ocorre quando o dente do siso está parcialmente erupcionado, permitindo que bactérias e resíduos de alimentos se acumulem sob a gengiva que o recobre. Isso pode levar a dor intensa, inchaço e dificuldade para abrir a boca.
Os riscos da extração e por que a pré-avaliação é fundamental
Apesar de ser um procedimento cirúrgico seguro na grande maioria dos casos, a extração do siso não está isenta de riscos. É por isso que uma avaliação minuciosa antes da cirurgia é indispensável.
O que pode acontecer durante e após a cirurgia
- Parestesia (dormência): A extração do siso inferior pode, em casos raros, afetar os nervos lingual ou alveolar inferior, causando dormência temporária ou, em situações extremamente raras, permanente na língua, lábios e mandíbula.
- Infecções e abcessos: Qualquer cirurgia é uma porta de entrada para bactérias. Se as medidas de higiene pré e pós-operatórias não forem seguidas, o local pode se tornar alvo de uma infecção. A infecção, quando não tratada, pode evoluir para um abcesso dentário, que é uma coleção de pus.
- Celulite facial: Em casos mais graves de infecção, as bactérias podem se espalhar para os tecidos moles da face, causando uma infecção difusa e séria, conhecida como celulite facial. Essa condição exige tratamento imediato, muitas vezes com internação hospitalar para administração de antibióticos venosos.
A importância de informar sobre sua saúde
Um dos pontos mais críticos e cruciais é a necessidade do paciente informar seu dentista sobre todo o seu histórico de saúde. Comorbidades como diabetes, hipertensão e doenças autoimunes podem impactar diretamente a cicatrização e a resposta do organismo a infecções.
“No CROOL by Rios, a segurança do paciente é nossa prioridade máxima”, destaca o Dr. Rios. “Antes de qualquer procedimento cirúrgico, realizamos uma anamnese completa, que é uma entrevista detalhada sobre o histórico de saúde do paciente, e solicitamos exames de imagem e laboratoriais. A cirurgia de siso é um ato de responsabilidade, e precisamos conhecer o paciente como um todo, não apenas a boca dele.”
A relação entre a saúde bucal e a saúde do corpo
A extração do siso, ou a decisão de não extraí-lo, vai muito além da saúde bucal. Pesquisas científicas, como um estudo publicado na Revista Sul-Brasileira de Odontologia, demonstram uma forte relação entre infecções na boca e doenças sistêmicas. O Dr. Rios ressalta que “a boca é uma janela para a saúde geral do corpo”.
Um foco infeccioso nos ossos maxilares ou na gengiva, como uma infecção crônica causada por um siso impactado, pode permitir que bactérias entrem na corrente sanguínea. A inflamação sistêmica decorrente dessa infecção pode ser um fator de risco para problemas graves. Segundo estudos da área médica, a infecção oral está associada ao aumento do risco de:
- Acidente Vascular Cerebral (AVC): A inflamação crônica e a presença de bactérias na corrente sanguínea podem contribuir para a formação de placas nas artérias, elevando o risco de AVC.
- Infarto do Miocárdio: O mesmo processo inflamatório que afeta os vasos cerebrais pode comprometer as artérias coronárias.
- Pericardite: A inflamação do pericárdio (a membrana que envolve o coração) também pode ser desencadeada por infecções que se originam na cavidade oral.
Esses fatos reforçam a importância de uma saúde bucal impecável. A manutenção de um siso problemático pode, em longo prazo, trazer complicações muito mais sérias do que a cirurgia para sua remoção.
O que fazer para garantir uma extração segura?
A chave para um procedimento tranquilo é a colaboração entre o paciente e um profissional qualificado.
Cuidados pós-operatórios são o passo mais importante
Antes de tudo, a cirurgia de extração do siso não termina na cadeira do dentista. O cuidado no pós-operatório é o fator determinante para prevenir complicações.
- Repouso: É crucial evitar esforços físicos nos primeiros dias.
- Alimentação: Além disso, a dieta deve ser líquida ou pastosa e fria nas primeiras 48 horas.
- Higiene: A higiene bucal deve ser feita de forma suave e com cuidado para não agredir o local da cirurgia.
- Medicação: O uso correto dos medicamentos prescritos (antibióticos, analgésicos e anti-inflamatórios) é obrigatório.
- Compressas: Aplicar compressas de gelo na face, nas primeiras 24 horas, ajuda a reduzir o inchaço e a dor.
Sinais de alerta
Embora complicações graves sejam raras, é vital saber identificar os sinais de que algo não vai bem e procurar ajuda imediatamente. Procure seu dentista se tiver:
- Dor que aumenta em vez de diminuir após 48 horas;
- Inchaço intenso, que se espalha para o pescoço ou face;
- Febre, calafrios ou mal-estar generalizado;
- Sangramento que não para;
- Dificuldade extrema de engolir ou respirar.
CROOL by Rios: A sua escolha para a saúde bucal completa
Assim como vimos até aqui, extrair o siso é um procedimento que exige conhecimento, experiência e um ambiente seguro. No CROOL by Rios, reconhecemos a complexidade da cirurgia e a individualidade de cada paciente. Nossa equipe multidisciplinar, liderada pelo Dr. José Antônio Rios, oferece uma abordagem completa e personalizada. Além de contar com especialistas em cirurgia bucomaxilofacial e periodontia, nossa clínica é equipada para realizar todos os exames pré-operatórios necessários e para oferecer um acompanhamento rigoroso no pós-operatório. Tratamento odontológico? CROOL, é lógico. Clique aqui e agende sua avaliação.